terça-feira, 29 de setembro de 2009

Meninas carentes, esse é pra vocês!!!

Faz um mês que estou pra ler esse livro, e ontem meu amigo, que sempre me indica coisas muito interessantes, me mandou o link. Sei lá se foi uma indireta (ele disse que não) ou se foi coincidência mesmo.
Quem assistia a SEX AND THE CITY vai entender com mais facilidade, mas esse livro é de um linguagem muito, muito simples. Tão simples que até dá raiva de ler. Seria melhor se não entendêssemos nada. Por que a realidade é cruel!
A gente sempre faz questão de mascarar a realidade, aceitando e até mesmo criando desculpas esfarrapadas pra justificar aquele romancezinho que não rende nada!!!
Bem, é o tipo de livro que não costumo ler: auto-ajuda!!!
Livro de auto-ajuda é para fracos! Mas me diverti lendo esse. Comecei hoje, mais ou menos à uma da manhã e terminei na mesma noite. Foi divertido ver que os conselhos que dou para minhas amigas são válidos, apesar de elas não acreditarem em mim.
Esse meu lado "Joãozinho", como diz meu irmão, já me livrou de muita encrenca, pelo menos nesse campo sentimental.
Mas mais divertido mesmo foi saber que, mesmo com tantos conselhos que espalho por ai - quando me pedem, claro -, e mesmo com esse "Joãozinho" que existe aqui dentro (meu lado masculino é gay, obviamen te, mas não deixa de ser lado masculino), na hora de agir dou umas escorregadas. Como diria aquele velho deitado: "faça o que eu digo, não faça o que eu faço".
Não fiquem bravas se se identificarem com as moças desesperadas que aparecem pelo livro, nem queiram matar os autores (principalmente o Greg) por serem sinceros!
Abram o coração pra essa verdade: ELE SIMPLESMENTE NÃO ESTÁ A FIM DE VOCÊ!!!
As casadas e bem resolvidas também podem ler, pois vão rir porque vão se lembrar que já aprontaram alguma dessas!
As carentes, solteiras e desesperadas vão ver que é melhor esperar sozinha por um tempo do que se submeter a qualquer porcaria que aparece!
Tem filme também, com o mesmo título, mas recomendo que leiam o livro primeiro.A resistência vai aparecer, claro, mas depois que baixarem a guarda vão dar boas risadas. E risadas de vocês próprias!
Vamos lá, gostosas! Coragem!
Enjoy it!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Submissa

Sua voz a comanda
E a seu querer, e ao seu desejo.
Sua voz desce e sobe
E atende seus apelos.
Amando o não visto
Ela puxa seus cabelos
Beija sua testa, sua nuca, sua boca
E continua te querendo.
Essa voz que manda
É a voz que a submete
E adivinha seus anseios
E que deixa a boca seca
E alimenta seu querer
E constrói seus sussurros
E a tira desse mundo.
Ela viaja, devaneia, sonha
Com voz que a possui
A voz que arrebata e a seduz.
E acorda sem jeito
Com o desejo destruído pelo silêncio.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Uffffaaaaaa


Sabe quando sua vida está um marasmo, nada acontece e você tenta preencher esse vazio com futilidades?
Pois é, eu sei bem.
Mas hoje foi um dia excepcional.
Aconteceram algumas coisas legais.
Um mal entendido foi desfeito, uma reaproximação impensável começou (claro que as intenções são outras hoje em dia) e, principalmente, um grande ato de humanidade e generosidade veio de onde eu menos esperava.
As três pessoas envolvidas sabem do que estou falando, cada qual com sua situação.
Mas a última, a última valeu por tudo que já me aconteceu na vida toda.
Não acreditava mais na humanidade, nem acreditava que alguém poderia ser tão benevolente. Ao menos não esperava isso desta pessoa.
Um grande peso saiu dos meus ombros, embora minha consciência ainda não esteja tranquila. E acho que não vai ficar.
Talvez se amenize. Talvez essa culpa, com o tempo, fique escondida em um cantinho. Mas sei que, vez ou outra, ela despontará pra sempre me lembrar de que eu também sou humana e que eu também sinto.
Também me emociono, também tenho raivas, medos, saudades.
E pra me mostrar que sempre devo me lembrar que todo mundo é assim.
Que todo cuidado é pouco quando lidamos com os sentimentos (nossos e alheios)

Hoje eu descobri que tenho a capacidade de chorar, e que isso é necessário.
Descobri que tenho um coração e que outras pessoas também têm.
Descobri que essa frieza toda que aparento por aí é só uma carapaça. Só uma armadura pra não me desfazer por alguma decepção que possa acontecer.
Percebi que, finalmente, aprendi com um erro meu.
Foi doloroso, ainda vai doer, eu sei.
Mas valeu a pena por agora saber que eu existo.

Muito, muito obrigada por isso. Vou lhe ser grata eternamente.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ritual do Tamanduá Africano

Clássico da dança moderna, criado nos anos 80 e divulgado por Ronald Miller.
Expressão corporal no máximo.
Arte pura!!!
hahahah

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Levante-se.

Ah!, gente estranha.
Cheia de sentimentalismo mas, no fundo, no fundo, são todos superficiais.
Gente que parece se comover com as tragédias alheias, mas que dorme tranquilmente quando acaba o telejornal.
Gente que retrata amores, desilusões, medos, mas que não sai de suas paredes pra viver realmente.
Gente presa, limitada, que vegeta e que faz uso de fatos alheios pra se firmar nesse mundinho inútil.
Saia desse cubículo!
Grite, ria, ame de verdade!
Seja feliz por você, ou seja triste por você!
Se descabele, sue, morda, arranhe as paredes e arraque delas essa tinta que te atormenta.
Se acabe, trema, chore, ria novamente.
Mas tudo por você.
Enfim, viva!

sábado, 5 de setembro de 2009

"Is it wrong to want to live on your own?"

Primeiro verso de uma música que eu gostei desde a primeira vez que ouvi, mesmo sem saber o que dizia. A tradução não demorou muito pra eu fazer - não tinha net na época então tive que fazer com minha própria caneta e meu próprio dicionário. Aliás, aprendi inglês assim.
Até achava a música bonitinha. Era a história de uma menina que queria ficar sozinha, e tinha um amigo que tentava encorajá-la a sair, conhecer pessoas novas e, consequentemente, alguém que pudesse amá-la. Claro que esta é uma visão superficial da letra...
E é fácil entender que o amigo queria ajudá-la. Que achava estranho alguém ser tão triste.
Mas quem disse que ela estava realmente triste?
Só agora sei o que realmente a "Sheila" sentia.
O que há de errado em querer ficar sozinho, em gostar de si próprio e só?
Por que as pessoas tem essa necessidade de ter sempre alguém por perto e por que se sentem inúteis se não houver alguém de quem cuidar? Por que se sentem também marginalizadas se não há quem cuide delas?
Por que alguém tem sempre que cuidar de outro alguém?
Não tenho filhos, nem quero. Me reservo o direito de me abster dessa responsabilidade. E, se não pretendo ser responsável por um ser que sairia de mim, por que tenho que ser responsável por alguém que passei boa parte da minha vida sem nem saber que existia? E por que eu TENHO que ter alguém que seja responsável por mim?
Eu quero ficar sozinha. Só.
Eu quero ficar comigo, já está bom demais.
Eu gosto de conversar, de contar piadas, de rir.
Gosto muito de conhecer pessoas, de expandir sempre e sempre o chamado círculo de amizades, de aprender... Com isso amplio também meus interesses, mudo minhas ideias (ou mudo a de alguém), enfim, troco experiências. Não há nada mais valoroso que isso. Contudo, não quero fazer disso uma obrigação.
Hoje, por exemplo, a turma toda está no bar, tomando uma cervejinha, jogando sinuca, jogando conversa fora... Minha amiga me ligando cada quinze ou vinte minutos pra dizer que está tudo muito bom e que o amor da vida dela (dessa semana, claro) está lá e que não se conforma que eu não quis ir... Eu não estou no "mood". Pronto. Não sou sociável o tempo todo. Não gosto de jogar conversa fora o tempo todo. Prefiro ficar aqui. Já vi um filme, já li um pouquinho e agora estou 'falando' sozinha. Que que tem???
Não quero ter de estar disponível o tempo todo pra ninguém.
Não quero que ninguém dependa de mim.
Não quero que alguém só tenha a mim pra ligar quando tem um problema.Eu tenho os meus e não me importo com eles. Não quero me importar com problemas de ninguém. Sinto muito, mas é assim.
Sou feliz desse jeito torto, por mais que tentem me fazer sair e conhecer alguém que me ame.
Como se amor se encontrasse em qualquer balcão.
Aliás, tenho uma visão um tanto quanto peculiar sobre esse tal "amor".
Vejo o amor como um mero acessório: não é importante, não é necessário, não deve ser objetivo de vida. Pelo menos não deve ser um objetivo que esteja acima de outros tantos. Pode, tranquilamente, ficar no finzinho da lista. Essa procura incessante por amor é o que faz as pessoas serem tão dependentes. Eu não entendo porque temos essa ideia de que nossa felicidade se completa somente no outro.
Alma gêmea, tampa da panela, metade da laranja e outras 'breguices' desse tipo me irritam. Porém, já que todos fazem questão de ter alguém do seu lado, um conselho: cuide de sua vida primeiro, pra depois querer cuidar de outras.Uma pessoa mal resolvida não tem o direito de se envolver em outra vida. Infelicidade é contagiosa, e se alastra, e quando percebe-se o mal já está feito.
Deixe quem quer ficar quietinho no seu canto simplesmente ali. E só ofereça ajuda (pretensa, muitas vezes) a quem pedir.Tá difícil concluir, mas vou tentar: me reservo o direito de ser feliz sozinha.