segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um algo que aperta garganta enquanto outro algo tenta escapar.
Ambos com mesma força, não se cansam de lutar. 
E eu pequenininha, em meio a tudo, sabendo que ninguém vai ganhar.
Cheia e sufocada...
Se ao menos eu explodisse!
Vazia e estrangulada
Se eu sucumbisse...
Resisto sem forças, 
Sobrevivo sem vontade, 
Continuo sem destino, sem alma ou fim... sem ser dona de mim.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Somos Nada.


Parabéns???

Querem saber?
Não somos tudo isso que dizem. Salvam-se alguns poucos. Pouquíssimos mesmo.
E, desses poucos, uns se queimam por serem autênticos.
A maioria de nós é acomodada, folgada e encara tudo como uma forma de viver sem se esforçar muito.
Muitos de nós somente fecham a porta, pouco se importando com o que acontece no mundo lá fora e menos ainda com que acontece ali dentro, desde que o mundo lá fora, mesmo percebendo, não reclame.
Muitos de nós se matam em um lugar e usam o outro como descanso. Já ouvi isso de um de nós. Muitos de nós odeiam o que fazem, as pessoas com quem convivem e dizem que essas pessoinhas estão conosco por um curto tempo, mas serão dos pais a vida toda.
Muitos de nós estão pouco se fodendo para o futuro, muitos de nós são hipócritas.
Muitos lambem o chão no qual o imediatamente superior pisa pensando que isso traz alguma vantagem. Pode até trazer, mas eu nunca vou saber. Pois isso eu não faço.
Muitos de nós terminam o dia querendo matar meia duzia, ou mais... 
E por aí vai.
E, pra piorar, muitos de nós se consideram melhores que os demais. Por terem um reles pedaço de papel, conhecido como diploma e, por isso, muitos de nós se consideram mais importantes que quem varre nossas ruas, que quem planta nosso trigo, fabrica nosso pão, paga nosso salário. 
Não somos importantes. Não na era da informação - somos ultrapassados, obsoletos. 
Não somos nada!
A nossa sorte é que essa gente ainda não sabe se virar sozinha. 
Hoje se aprende tudo com um computador na mão.
E muitos de nós não sabem mandar um e-mail! 
Não somos nada. 
Somos marionetes nas mãos dos que querem um povo inculto e cordial. Não passamos de bodes expiatórios de um sistema propositalmente falho, onde a culpa recai toda sobre nós.
E temos culpa. Temos culpa quando alternamos os papéis de vítima e de carrasco, e nunca de incomodado. Para nós, a culpa é de todos. Para todos, a culpa é nossa.
E quem é que tem razão? 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Quase Sempre

Não é sempre, mas é quase o tempo todo
que parecem paráfrases um do outro.
E quando parecem, uma luz se acende 
E um se defende 
antes que o outro tente.

Não é sempre, mas é quase o tempo todo
Que admiram um ao outro
E quando acontece, a luz se apaga
E um se afasta 
e ambos mentem.

Não é sempre, mas é quase o tempo todo
Que se dizem cansados
Da vida, dos fardos, do amor terminado
E quando é dito, o universo se expande
E ambos se repelem
como pólos iguais. 

Não é sempre, mas é quase o tempo todo
que ambos não querem, e suas vida seguem
Como estranhos irreais. 

"But if you could just see the beauty
These things I could never describe
These pleasures a wayward distraction
This is my one prize"