segunda-feira, 18 de julho de 2011

Disfarce

Novamente: "I really don't know what I'm doing here".
Passei pra dar um 'oi' pra mim. 
Queria falar sobre uma coisinha ou outra que aconteceram por esses dias, mas não consigo ser implícita. Nunca! 
Se falar sobre, vai ser na lata. E assim não posso.
Queria saber me valer da poesia, das entrelinhas, da beleza das palavras pintando uma cena que necessariamente tem de ficar eternizada, pois isso é o máximo que conseguirei disso tudo.
Mas não posso.
Sei que, se começar, daqui a duas linhas tudo que tento esconder por trás das palavras saltará escandalosamente dos meus dedos e ficará fazendo festa pela tela, assim como algo festeja aqui dentro.E, assim, cairá o disfarce outra vez.
Então, vou ficar quietinha. Quieta com essa cara de tonta. 
Já tentei desfazer esse semblante. Juro que tentei. E, simplesmente ele não some.
"O que foi, Soninha?" 
"Nada, não. Tô só lembrando de uma coisa".

Quietinha. Tenho de ficar quietinha. 
Mas eu precisava muito falar! 
E precisava de muitas outras coisas também.
Eu não esperava. Eu nunca esperaria. 
E não era necessário agradecer. 
Tomar uma cervejinha, ouvir música boa e ver quem eu amo não é sacrifício algum.


sexta-feira, 1 de julho de 2011

Um Simples Abraço.

Há coisas que nos apertam o peito, lá dentro, bem no fundo e acabei de me deparar com uma dessas.
Não, não vou dizer o que foi, mas tento descrever o que senti. É uma angustia boa. Como? Não sei se sou capaz de explicar.
Eu nunca ouvi falar em angústia boa. O que mais se aproximaria seria a ansiedade, mas esta só existe quando se espera algo. Eu não espero nada. E menos ainda sou esperada. Mas a sensação é essa: parece que uma brisa fresca sopra o coração da gente.
Nossa! Eu tenho um coração!
Bem, parece que um ventinho sopra por dentro da gente. Não são aquelas borboletas no estômago, que sim, existem, e que batem asas quando alguém de quem a gente gosta aparece de repente,  ou quando nos roubam um beijo. É diferente. Talvez um sopro de esperança, não sei em que. 
Acabei de dizer que não espero nada. E agora falo em sopro de esperança. Cada vez mais me convenço de que sou a personificação da contradição.
Volto, então, no que vi e que me deixou assim: um carinho extremo, uma sensibilidade imensurável. Algo que me tocou bem de longe. Muito longe. E que fez com que eu me perguntasse se um dia sentirei isto de perto, se realmente existe, se é possível que eu também seja sensível...
... E, principalmente, se eu mereço essa brisa em mim.