Primeiro verso de uma música que eu gostei desde a primeira vez que ouvi, mesmo sem saber o que dizia. A tradução não demorou muito pra eu fazer - não tinha net na época então tive que fazer com minha própria caneta e meu próprio dicionário. Aliás, aprendi inglês assim.
Até achava a música bonitinha. Era a história de uma menina que queria ficar sozinha, e tinha um amigo que tentava encorajá-la a sair, conhecer pessoas novas e, consequentemente, alguém que pudesse amá-la. Claro que esta é uma visão superficial da letra...
E é fácil entender que o amigo queria ajudá-la. Que achava estranho alguém ser tão triste.
Mas quem disse que ela estava realmente triste?
Só agora sei o que realmente a "Sheila" sentia.
O que há de errado em querer ficar sozinho, em gostar de si próprio e só?
Por que as pessoas tem essa necessidade de ter sempre alguém por perto e por que se sentem inúteis se não houver alguém de quem cuidar? Por que se sentem também marginalizadas se não há quem cuide delas?
Por que alguém tem sempre que cuidar de outro alguém?
Não tenho filhos, nem quero. Me reservo o direito de me abster dessa responsabilidade. E, se não pretendo ser responsável por um ser que sairia de mim, por que tenho que ser responsável por alguém que passei boa parte da minha vida sem nem saber que existia? E por que eu TENHO que ter alguém que seja responsável por mim?
Eu quero ficar sozinha. Só.
Eu quero ficar comigo, já está bom demais.
Eu gosto de conversar, de contar piadas, de rir.
Gosto muito de conhecer pessoas, de expandir sempre e sempre o chamado círculo de amizades, de aprender... Com isso amplio também meus interesses, mudo minhas ideias (ou mudo a de alguém), enfim, troco experiências. Não há nada mais valoroso que isso. Contudo, não quero fazer disso uma obrigação.
Hoje, por exemplo, a turma toda está no bar, tomando uma cervejinha, jogando sinuca, jogando conversa fora... Minha amiga me ligando cada quinze ou vinte minutos pra dizer que está tudo muito bom e que o amor da vida dela (dessa semana, claro) está lá e que não se conforma que eu não quis ir... Eu não estou no "mood". Pronto. Não sou sociável o tempo todo. Não gosto de jogar conversa fora o tempo todo. Prefiro ficar aqui. Já vi um filme, já li um pouquinho e agora estou 'falando' sozinha. Que que tem???
Não quero ter de estar disponível o tempo todo pra ninguém.
Não quero que ninguém dependa de mim.
Não quero que alguém só tenha a mim pra ligar quando tem um problema.Eu tenho os meus e não me importo com eles. Não quero me importar com problemas de ninguém. Sinto muito, mas é assim.
Sou feliz desse jeito torto, por mais que tentem me fazer sair e conhecer alguém que me ame.
Como se amor se encontrasse em qualquer balcão.
Aliás, tenho uma visão um tanto quanto peculiar sobre esse tal "amor".
Vejo o amor como um mero acessório: não é importante, não é necessário, não deve ser objetivo de vida. Pelo menos não deve ser um objetivo que esteja acima de outros tantos. Pode, tranquilamente, ficar no finzinho da lista. Essa procura incessante por amor é o que faz as pessoas serem tão dependentes. Eu não entendo porque temos essa ideia de que nossa felicidade se completa somente no outro.
Alma gêmea, tampa da panela, metade da laranja e outras 'breguices' desse tipo me irritam. Porém, já que todos fazem questão de ter alguém do seu lado, um conselho: cuide de sua vida primeiro, pra depois querer cuidar de outras.Uma pessoa mal resolvida não tem o direito de se envolver em outra vida. Infelicidade é contagiosa, e se alastra, e quando percebe-se o mal já está feito.
Deixe quem quer ficar quietinho no seu canto simplesmente ali. E só ofereça ajuda (pretensa, muitas vezes) a quem pedir.Tá difícil concluir, mas vou tentar: me reservo o direito de ser feliz sozinha.
Até achava a música bonitinha. Era a história de uma menina que queria ficar sozinha, e tinha um amigo que tentava encorajá-la a sair, conhecer pessoas novas e, consequentemente, alguém que pudesse amá-la. Claro que esta é uma visão superficial da letra...
E é fácil entender que o amigo queria ajudá-la. Que achava estranho alguém ser tão triste.
Mas quem disse que ela estava realmente triste?
Só agora sei o que realmente a "Sheila" sentia.
O que há de errado em querer ficar sozinho, em gostar de si próprio e só?
Por que as pessoas tem essa necessidade de ter sempre alguém por perto e por que se sentem inúteis se não houver alguém de quem cuidar? Por que se sentem também marginalizadas se não há quem cuide delas?
Por que alguém tem sempre que cuidar de outro alguém?
Não tenho filhos, nem quero. Me reservo o direito de me abster dessa responsabilidade. E, se não pretendo ser responsável por um ser que sairia de mim, por que tenho que ser responsável por alguém que passei boa parte da minha vida sem nem saber que existia? E por que eu TENHO que ter alguém que seja responsável por mim?
Eu quero ficar sozinha. Só.
Eu quero ficar comigo, já está bom demais.
Eu gosto de conversar, de contar piadas, de rir.
Gosto muito de conhecer pessoas, de expandir sempre e sempre o chamado círculo de amizades, de aprender... Com isso amplio também meus interesses, mudo minhas ideias (ou mudo a de alguém), enfim, troco experiências. Não há nada mais valoroso que isso. Contudo, não quero fazer disso uma obrigação.
Hoje, por exemplo, a turma toda está no bar, tomando uma cervejinha, jogando sinuca, jogando conversa fora... Minha amiga me ligando cada quinze ou vinte minutos pra dizer que está tudo muito bom e que o amor da vida dela (dessa semana, claro) está lá e que não se conforma que eu não quis ir... Eu não estou no "mood". Pronto. Não sou sociável o tempo todo. Não gosto de jogar conversa fora o tempo todo. Prefiro ficar aqui. Já vi um filme, já li um pouquinho e agora estou 'falando' sozinha. Que que tem???
Não quero ter de estar disponível o tempo todo pra ninguém.
Não quero que ninguém dependa de mim.
Não quero que alguém só tenha a mim pra ligar quando tem um problema.Eu tenho os meus e não me importo com eles. Não quero me importar com problemas de ninguém. Sinto muito, mas é assim.
Sou feliz desse jeito torto, por mais que tentem me fazer sair e conhecer alguém que me ame.
Como se amor se encontrasse em qualquer balcão.
Aliás, tenho uma visão um tanto quanto peculiar sobre esse tal "amor".
Vejo o amor como um mero acessório: não é importante, não é necessário, não deve ser objetivo de vida. Pelo menos não deve ser um objetivo que esteja acima de outros tantos. Pode, tranquilamente, ficar no finzinho da lista. Essa procura incessante por amor é o que faz as pessoas serem tão dependentes. Eu não entendo porque temos essa ideia de que nossa felicidade se completa somente no outro.
Alma gêmea, tampa da panela, metade da laranja e outras 'breguices' desse tipo me irritam. Porém, já que todos fazem questão de ter alguém do seu lado, um conselho: cuide de sua vida primeiro, pra depois querer cuidar de outras.Uma pessoa mal resolvida não tem o direito de se envolver em outra vida. Infelicidade é contagiosa, e se alastra, e quando percebe-se o mal já está feito.
Deixe quem quer ficar quietinho no seu canto simplesmente ali. E só ofereça ajuda (pretensa, muitas vezes) a quem pedir.Tá difícil concluir, mas vou tentar: me reservo o direito de ser feliz sozinha.
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