quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ideal

E se, de repente, PUFT!
Explodíssemos como uma bolha
que se cansa do ar e se desintegra. 
Sem dar explicações, sem dar trabalho,
sem fazer falta.
Se apenas arrancássemos um "ah!" decepcionado
e em seguida fôssemos substituídos,
esquecidos?
Seríamos fascinantes, leves, delicados...
Frágeis e efêmeros. 
Não somos! Não é assim. 
Somos carne, sangue que por vezes esquenta,
história, desejos, marcas...
Nos arrastamos esperando um final feliz
ou apenas um final. 

Se tudo acabasse apenas com um vento mais forte,
se tudo se resumisse a um cutucão.
Se a vida realmente começasse de um sopro
E terminasse numa explosão surda, sem alarde
apenas com algumas centenas de lágrimas finas
e coloridas, feitas de água e sabão
para lavar nossa existência 
sem deixar vestígios?



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