segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mais clichês

 Imagem: O All Star azul
O espaço das não novidades, onde nada é inedito ou útil.
Tudo que penso já passou pela cabeça de alguns e talvez esse seja o motivo pelo qual só eu passe por aqui. Bem, nem eu, ultimamente.
Às vezes preciso dar uma passadinha. Seja para escrever algo nada excepcional, seja pra ler qualquer coisinha registrada. Vou ali buscar uma citação de Oscar Wilde e já volto: "Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio.”.
Poderia ser por isso que volto, mas não é.
Esqueço o que escrevi, o que falei e até mesmo o que ouvi - principalmente isso. Portanto, essa necessidade de deixar em algum lugar algumas coisas que penso vez ou outra se faz presente (não há como não lembrar de certo alguém quando uso essa expressão)
Poderia ter um "querido diário", ou somente continuar a rabiscar livros e pedaços de papel que encontro nas horas em que não estou em frente ao computador. Mas o narcisismo me impede de guardar esses pensamentos só pra mim, ainda que sejam inúteis. Totalmente inúteis. 
Não consigo pensar nem em um nome pra esse espaço! Mas tudo bem, é meu mesmo. Só eu vejo. 
Os rabiscos perdidos pelos livros e papéis até chegam a ser interessantes em certos momentos. Mas não sou de passar a vida a limpo. Eles continuam perdidos pelo meu quarto. 
Vez ou outra, quando arrumo uma gaveta, encontro um deles e penso: "não, não fui eu quem escreveu isso!"
Outras penso: "tinha que ser eu pra fazer uma porcaria dessas!"
E assim vai... 
Seja como for, faço quando quero. Quando tenho vontade, sem querer saber se será bom ou não, sem pensar se vai repercutir, se vai causar alguma impressão. É pra mim. Estou conversando comigo. Tive de me forçar a deixar meus colóquios comigo mesma de lado, pois parecia maluca. Parecia! 
Parecia??? 
As pessoas pensavam que eu falava sozinha, quando, na verdade, só estava conversando com alguém interessante, oras! É que os outros são tão entediantes que não conseguem perceber que isso é possível. Poucas pessoas o conseguem. "Só para raros", como diria Hesse. 
É, a modéstia deve ter passado pela rua de cima, e olhe lá!
Está certo. É egocentrismo, eu sei. Mas, como disse antes, ninguém vai ver mesmo. É meu, é pra mim.
Deixemos de lado (percebam a primeira pessoa do plural, como se realmente estivesse conversando com alguém) os motivos - nesse caso, o plural não se encaixa. Deixemos de lado o motivo - que sou eu, só eu - para manter esse blog e vamos para mais um clichê: simplicidade.
Não gosto de nada simples. Chego a ter aversão à simplicidade. Pelo menos em discurso.
Complicações são motivadoras, desafiadoras e, consequentemente, divertidas.
Mas há momentos, formados por simplicidades, em que tropeço no discurso e me vejo sem saber o que fazer, ou dizer.
Uma companhia agradável, uma brincadeira inocente, um pensamento em comum, um par de tênis rasgado e outro ficando sujo... E todo esforço para parecer distante cai por terra. E nem adianta querer disfarçar quando a boca se expande quase que de uma orelha à outra, formando aquele sorriso pateta no rosto; nem há como camuflar a expressão admirada e, apesar não ver meus olhos, aposto e ganho que eles devem brilhar de uma forma ofuscante. Então, uso de um artifício: abaixo a cabeça pra tentar esconder tudo isso. Eu Tento. Acho que não consigo.
Por mais que exalte a complicação, no fim das contas, fico feliz com coisas bobas. 
And that's it!

 Boba semana a todos!


P.S.: Revisando a postagem, vi a Carol por aqui!
Só você que me dá atenção ainda...
Faça-me o favor de comentar.
Bjk e Boba semana.

2 comentários:

Juan Moravagine Carneiro disse...

As coisas simples da vida...

nardiohead disse...

o que seria nossas vidas sem as coisas bobas, mas é o que dizem, pequenos detalhes que modificam toda nossa estrutura

http://nardiohead.blog.terra.com.br