domingo, 26 de junho de 2011

Domingo... Chuva...
Nessas horas, somente nessas horas, sinto vontade de ter alguém legal pra ficarmos juntinhos embaixo das cobertas vendo um filme mamão-com-açúcar, como 500 Days of Summer ou Just Like Heaven. Mas isso é coisa que dá e passa. É só o tempo melhorar, o sol aparecer, que a sede volta e essa sensação piegas se esvai.
Será que é por isso que gosto tanto de frio?

Trouxe todos os meus diários para casa. Atividades e provas também. Aproximadamente 600 notas pra fechar e tive quatro dias pra isso. Ainda não fechei nenhuma. Na quinta, me senti uma adolescente quando levei bronca da minha mãe pela bagunça do meu quarto. CDs e livros organizados, roupas lavadas e dobradas e minha parede de estrelas limpinha - tem que aspirar porque a fiz com TNT.
Sexta-feira: sentei na calçada pra tomar umas latinhas com as amigas. Passei no bar só para dar um oi, às cinco e meia da tarde, mais ou menos, e fiquei até as onze.
Ontem: fiz p**** nenhuma. Só procurando musicas novas (pra mim, pelo menos) e baixando e ouvindo. Seria bom se pudesse ganhar dinheiro por música ouvida.
Hoje: menos ainda. Mudando a playlist do meu Mp3. É, eu uso mp3. Já está bom demais pra quem chorou até ganhar um walkman, aos dez anos de idade, porque não aguentava mais ouvir a rádio Cidade sintonizada pela irmã mais velha todo santo dia, das oito da manhã até as seis da tarde. Só porque era ela quem limpava a casa ela podia escolher a rádio? Quando meu pai me deu o walkman, vermelhinho, pude ouvir a Pool FM em paz (tenho certeza que quase ninguém se lembra dessa). Depois virou 89, a Rádio Rock e mais depois rock passou a ser coisa que não se ouve em SP. A única rádio boa foi vendida pouco tempo atrás. Ou seja: não ouço rádio há uns bons dez anos. Ainda bem que tem a internet. Porque antes eu gravava as músicas legais em fitas K7 pra ouvir no meu walkman. Ainda tenho um aparelho de som "duplo deck", no qual pode-se ouvir uma fita e, quando essa acaba, a outra começa a tocar sem que se tenha o trabalho de trocar. E, claro, com auto reverse. Não precisa virar a fita. Um luxo!
Aparelho de vinil não tenho mais, mas ainda sobraram uns discos. Uma meia duzia: Smiths, Cure... Pouca coisa. Meu primeiro disco foi comprado graças a uma mentira. Pedi dinheiro ao meu pai para comprar uma camiseta e voltei com o The Head on The Door pra casa.
Fui procurar uma imagem de walkman vermelho no Google e descobri que o Google é muito novinho para essas coisas. Havia umas três imagens, somente, desse aparelho. Duas das quais amarelas. As outras eram de aparelhos celulares.
Joguei minhas fitas fora tem um mês, mais ou menos. Mas não antes de ouvi-las, anotar o que tinha e baixar uma por uma. Todas eternizadas no HD. Se não der pau, obviamente.
Durante a arrumação do quarto encontrei algumas fitas VHS. Algumas delas foram gravadas durante uns anos assistindo ao Clip Trip, um programa musical da Gazeta. Também tinha o Kliptonita, na Record.
O Clip Trip passava às cinco da tarde e reprisava no outro dia às onze da manhã. Eu via o da tarde e, se tivesse algo legal, assistia o das onze pra gravar. E assim ia, até encher a fita.
Certa vez passou um especial do Cure e eu não tinha fita mais. Tive de colocar um pedaço de durex onde a fita tinha a trava que, se arrancada, não podia ser mais gravada. Peguei uma fita de novelas da minha irmã, a mesma da rádio Cidade, e foi um quebra pau danado por isso mais tarde. Eu assisti à inauguração da MTV, numa TVzinha pequena, porque na normal não pegava com bombril na antena. E pasmem, a MTV já foi boa!
Sim, ainda há um video cassete na minha casa. Não sei se funciona. Vou verificar depois.
Meu primeiro vídeo game era um teclado ligado à TV, e os jogos eram gravados em fitas, como as fia cassetes. O Atari veio um pouco depois. Aposto que ninguém ganharia de mim no H.E.R.O.
Voltei um pouquinho pra ver o começo do post e, claro, viajei outra vez. Nada disso tem a ver com o frio, com a vontade de ter alguém do lado, filmes... Muito menos com as provas que tenho que corrigir.
Será que não tem mesmo?
Eu não estou com vontade de trabalhar num domingo de chuva. Portanto, ou eu vejo um filme, ou leio um livro. Estou olhando pro Laranja Mecânica (o livro) e a única coisa que consigo pensar quando o vejo é que meu ingresso pra Planeta Terra está dentro dele.
E ainda bem que não costumo colocar tags nos posts. SE colocasse, elas ficariam maiores que o próprio!

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