quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

De uns tempos pra cá

Minha janela está sempre aberta
às vezes me escondo por medo
às vezes me escancaro
e mostro mais do que devo.

Quando a abro encontro a lua
e também muitas estrelas ;
Encontro risos e choros,
mistérios e confidências...
Jogo conversa fora com algum vizinho
Ou me jogo por ela a um desconhecido
Depende de quem passa,
depende do que se passa.
Sempre através dela algo é vivido.
Só o vento que não mais bate
e me deixa apreensiva.
E é em busca desse sopro
que encerro suas folhas.
E me arranco noite afora,
e mergulho madrugada adentro
e vou até de encontro à aurora
e não te encontro, querido vento.
Que é meu ar, meu chão, minha água,
e sobretudo meu fogo.
Corro, assim, de volta à minha janela
morada da minha espera
pois soprastes através dela
pela primeira vez.

2 comentários:

Juan Moravagine Carneiro disse...

Muito bom!

Unknown disse...

Jura? Tô tentando...
Vlw.