Alguns dias se passaram. Pensei que demoraria mais.
Nesse dias chorei o quanto podia, mais do que pensei que conseguiria.
Não conseguia me levantar da cama, não conseguia fazer o que era preciso... parece que a vida parou naqueles minutos de invasão e aquilo ecoava na minha cabeça.
Ecoava e dançava e festejava a minha tristeza.
E as pessoas me diziam que aquilo não era nada. Que eu era melhor e maior.
Nesses dias eu quis morrer, nesses dias quis nunca ter existido.
Porém, nesses dias tive carinho. Aliás, me dei conta desse carinho.
Uma amiga me repetia o que já me disse inúmeras vezes, um amigo que sempre me liga e que me aguentou por quase duas horas no telefone e que me ligou depois e depois pra saber se eu estava bem (estou, meu querido, melhor do que estava), meu irmão me falando sobre Deus e sobre paz, minha sobrinha preocupada, minha irmã com dó de me ver daquele jeito... E outra amiga que me ligou bem no comecinho, soube de tudo e me fez lembrar do que já passamos e das conversas que tivemos. E usou alguns dos conselhos que eu dei pra ela comigo...
Um cara bonito me olhando... Massagem no ego ajuda muito.
Hoje, poucos dias depois, posso dizer que estou bem.
Não estou triste, não estou feliz. Estou normal. Isso me assusta um pouco, visto que sempre fui de extremos.
Quem muda de ideia como quem troca de roupa não sabe ser estável, constante, serena(!!!).
Essa calmaria me faz bem, por hora. É bom não ter um turbilhão de emoções e pensamentos dentro de mim, como sempre foi. Faz cinco noites que durmo muito bem, sem sobressaltos, sem acordar no meio da madrugada chorando, ou preocupada, ou por simplesmente ter perdido o sono.
Mas tenho medo. Comecei esse post ontem, ou anteontem, sei lá e parei. Hoje eu percebi que parei no meio-termo. Não rio, não choro. Fico estática. Sinto falta dos meus rompantes, sejam de fúria que duram dois minutos, sejam de alegria desmedida que ninguém entende.
Quero-me de volta.
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