segunda-feira, 2 de abril de 2012

Querer

"NÃO: Não quero nada.   
Já disse que não quero nada (...)"
Começa assim Lisbon Revisited - Álvaro de Campos -  um dos meus preferidos.
Não sou muito de poesia,  mas essa...
Contudo, agora eu quero muito. 
Quero como nunca quis. 
Quero tanto e tanto. Tudo.
Quero meu canto, meus encantos, quero a mim.
Minha vida, meus problemas até, enfim...
Encher-me de tatuagens, viagens, 
Sossego, desapego, apego...
E tudo que rimas pobres me permitirem. 
Quero saber como terminar, 
Pra só depois começar
E fico presa, acuada, inativa. 
E ja nem sei mais se estou viva.
E a chama esmorece, e o querer se apaga.  
E a alma se esconde
E a vontade vai longe. 
E Álvaro, novamente, se instala. 







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