Há coisas que nos apertam o peito, lá dentro, bem no fundo e acabei de me deparar com uma dessas.
Não, não vou dizer o que foi, mas tento descrever o que senti. É uma angustia boa. Como? Não sei se sou capaz de explicar.
Eu nunca ouvi falar em angústia boa. O que mais se aproximaria seria a ansiedade, mas esta só existe quando se espera algo. Eu não espero nada. E menos ainda sou esperada. Mas a sensação é essa: parece que uma brisa fresca sopra o coração da gente.
Nossa! Eu tenho um coração!
Bem, parece que um ventinho sopra por dentro da gente. Não são aquelas borboletas no estômago, que sim, existem, e que batem asas quando alguém de quem a gente gosta aparece de repente, ou quando nos roubam um beijo. É diferente. Talvez um sopro de esperança, não sei em que.
Acabei de dizer que não espero nada. E agora falo em sopro de esperança. Cada vez mais me convenço de que sou a personificação da contradição.
Volto, então, no que vi e que me deixou assim: um carinho extremo, uma sensibilidade imensurável. Algo que me tocou bem de longe. Muito longe. E que fez com que eu me perguntasse se um dia sentirei isto de perto, se realmente existe, se é possível que eu também seja sensível...
... E, principalmente, se eu mereço essa brisa em mim.
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